30 março 2007

a profecia

Malditos provérbios!

Voltei a ficar pendurada. Volto a não saber datas de aniversários, reuniões, compromissos, viagens, feriados, férias autorizadas e por autorizar e tudo o q não tenho a capacidade de memorizar ou posso sincronizar com o bendito computador...

Consola-me apenas saber q não tenho um martelo aqui à mão. Senão, asseguro q a PDA já não tinha nem mais uma hipótese se me voltar a fazer uma gracinha destas. E ainda podia ser q sob a ameaça da martelada, a estúpida da maquineta tivesse o bom-senso de explicar q fanico q lhe deu outra vez.

Se acredito q tudo o q fazemos a nós retorna, vou ver se faço uma introspecção e percebo o q raio ando a fazer de mal. Espero não ter q fazer uma lista como a personagem do My name is Earl.

Não queria voltar à era do papel, mas parece q não vou ter remédio. Entretanto, vou ver se arranjo um chá de camomila para me apaziguar os ânimos. Desta vez não consigo arranjar consolo. Só me apetece mesmo partir aquela...


19 março 2007

os velhos verdes



Em castelhano existe a expressão "viejo verde". À letra, traduz-se facilmente. Pragmaticamente, usa-se para insultar aquelas homens tontos q já deviam ter idade e juízo em vez de andarem a fazer tristes figuras com invectivas badalhocas a adolescentes e menos adolescentes.

Haverá expressão idiomática semelhante em português, q deixe o visado igualmente ofendido?

Se existe, não estou em crer q seja de uso corrente ou frequente. Das duas uma: ou em Portugal não há "viejos verdes", ou nos sobeja o pudor de ripostar um insulto.

É um tema a explorar.

09 março 2007

a inflamação q nos une



Continuo sem entender a origem da nossa invejite nacional.

Invejite, tal com a palavra decomposta sugere, seria a inflamação mais aguda assinalável no invejómetro, um aparelhinho q temos enfiado algures entre a nossa reconhecida hospitalidade e a inegável frustração do q podíamos ainda ser e já não somos se não fosse toda uma série de páginas negras q a História nos foi escrevendo.

Não sei a qdo remonta a nossa invejite. Acredito q não seja genética. Conheço algumas pessoas q não a manifestam. Não sei se por coincidência, ou não, os menos atreitos a esta inflamação vivem ou já viveram fora deste país. Sem dados q provem o q digo, tem-me parecido, inclusive, q qto mais pequeno o mundo em q se vive, maior o invejómetro instalado. E por mundo pequeno, refiro-me ao mundo interior, q não restem dúvidas.

Acredito q a nossa típica resposta "Mais ou menos" à sempre amável pergunta "Então, senhor(a) fulano(a), como está?" nada mais é do q um sintoma da omnipresente invejite. Se a resposta fosse um sincero, sorridente "Muito bem, sim senhor(a), a vida tem-me corrido de feição e sou uma pessoa verdadeiramente bafejada pela sorte!", seria um ai-deus-nos-acuda! Mas como raio é q uma criatura pode estar honestamente de bem com a vida e driblar esta cepa-torta em q estamos todos e andar assim tão "muito bem, obrigado(a)"?

Aqui começa o invejómetro a aquecer. Falha, de entrada, o discernimento de admirar alguém pelo q conseguiu alcançar. Falha a empatia de se ficar contente com o sucesso do outro, alegre com a alegria do outro. Falha, depois, a humildade de abrir o coração à possibilidade de aproveitar o facto de já alguém ter alcançado esse topo desejado e de se poder até poupar algum esforço se se lhe pedisse conselho e orientação.

Ora, em vez disso, o q vem? Despeito, "Q raio?! Pq se gaba tanto?!", afinal a manifestação de satisfação com a vida por parte de outra pessoa só pode ser um ataque directo e pessoal ao nosso fracasso...

Por esta altura, já o invejómetro está ao rubro. Despeitados, cientes do nosso próprio fracasso e agrilhoados a ele, deixamos a inveja inflamar e projectamos no outro a frustração q construímos para nós próprios ao longo dos tempos. Pq não nos sentimos bem com o q somos, com o q conquistámos, com o concretizámos, vemos à nossa frente nada mais do q o nosso próprio dedo acusador. E, infelizmente, projectamo-lo no infeliz q teve a ousadia de se manifestar feliz nas nossa barbas.

Como consciente, ou insconscientemente, nos fomos dando conta de q temos uma invejite nacional crónica, chegámos à conclusão q o melhor era mesmo passar o mais desapercebidos possível. Pq a verdade é q a invejite nos causa medo. Medo de rir, medo de nos divertirmos, de nos mostrarmos contentes. Aliás, demasiado contentes. Por isso achamos q tantos outros povos são mais alegres do q nós. Por cá, há um q.b. q não convém ultrapassar. Por isso achamos os espanhóis uns espalhafatosos. Pq raio riem e falam tão alto? Já os brasileiros, coitadinhos, andam contentes e não têm grande coisa com q se alegrar (aqui defendemo-nos com um sentimentozinho paternalista q enjoaria Freud).

Em última análise, a invejite causa-nos medo de nos dizermos felizes, logo, de nos sentirmos felizes. Pq acredito q, tal como aquilo q comemos serve para contruir as nossas células, tb. aquilo q pensamos, alimenta o nosso espírito. Supondo, claro, q para além da energia material das mitocôndrias, há tb. uma qualquer energia metafísica em nós. Importa, por isso, alimentá-las de vitamina "A-C": Auto-Confiança!

E lá vem o ditado: junta-te aos bons, serás como eles; junta-te aos maus, serás pior q eles. Então, não serão melhores os laços com o pessoal do astral em cima?!

(mais uma vez reflicto sobre o facto de se algo nos incomoda nos outros, provavelmente é pq existe em nós)

06 março 2007

para espreitar

Cá está outra palavra de q gosto: espreitar. É a sonoridade q me espevita. São as reminiscências da infância q contém.

Curiosamente, dos seus sinónimos não gosto. Já se habilitam a castigo ou reprimenda.

Enviaram-me este site com fotos q espreitam e q apetece espreitar.

Sem bairrismos.

05 março 2007

à escolha do freguês




Uma boa sugestão da meh!


Ficam as versões favoritas.





arroz de pato e bolos de arroz

Gosto de arroz de pato!

Um dia destes, uma colega deu-me a bela da receita, supostamente simplificada, q me levou uma tarde inteira de Domingo na cozinha. Valeu a pena, disse eu e disseram os convivas q lamberam os beiços. (Pudera!... Tinha-os ameaçado com uma surra se ousassem apontar 1 dedo q fosse ao rai's parta do arroz. Não sei se teria tido força para levar a cabo a ameaça depois daquela trabalheira toda, mas parece q funcionou.)

Não pus queijo por cima, como se faz em tanto restaurante.

Não tenho nada contra o queijo em geral. Só não acho q ligue bem com arroz de pato. Aliás, resolvi fazer um google-images com "arroz de pato" pra ver até q ponto vai a minha esquisitisse e nenhum prato tinha queijo derretido por cima. Terá a receita tradicional sido, em tempos, digo eu, sem, não? Esta moda do queijo em tudo é recente, verdade?

Ainda no Sábado, num restaurante de referência cá do sítio, lá estava o bendito queijo gratinado, q tanto trabalho me deu a separar do meu arrozinho.

Imagino q para muitos este tenha sido um acto depreciador tão estúpido como para mim seria deitar fora o açúcar q cobre o bolo de arroz...

Serão gostos!...

03 março 2007

cara de melão


Desta vez, não foi ir de férias e ter simplesmente feito o imperdoável: esquecer de carregar a bendita PDA.

Desta vez, nem foi andar de calças na mão durante umas horas sofridas por causa da falta da pilinha-adaptadora q liga o carregador à PDA e encontrar no último minuto a única alma do sítio com um carregador igual.

Desta vez foi mesmo um ter-a-bateria-cheia e uma noite depois já-não-ter-bateria-nenhuma, inexplicável e inexoravelmente.

Sei q perdi TUDO. Tudo o q não sincronizei com o computador e q não posso gravar no cartão de memória. É cá uma sensação esquisita!... Acho q ainda não dei bem conta do q é "tudo". Daí esta sensação anestesiada tão maior q da 1ª vez.

Preocupam-me 3 coisas:

1 - o q fazer a esta cara de melão.

2 - não saber o q aconteceu ao bicharoco para evitar q se repita.

3 - o sinistro ditado "não há duas sem três".