manual anti-chantagem
«A todo o momento, a nossa vida está indissoluvelmente unida a outras vidas, sobretudo na infância, e há aqueles que recebem como legado a orfandade de afecto, de serenidade, de amor, de segurança, de indicações para se autogovernarem em liberdade.
Temos de educar os nossos jovens e já desde a sua mais tenra infância há que ensiná-los a viver em sociedade. Por essa via, hão-de ver, captar e sentir afecto, sendo necessário transmitir-lhes valores. Julgamos essencial formar na empatia, ensinando-os a pôr-se no lugar do outro, no que sente, no que pensa. A empatia é o grande antídoto da violência, basta ver o menor índice de agressividade das mulheres e relacioná-lo com a aprendizagem que recebem como raparigas. Precisamos de motivar os nossos filhos sem o estímulo oco da insaciabilidade.
Educá-los nos seus deveres e direitos, na tolerância, pondo de lado o lema "deixar fazer", mas marcando regras, exercendo controlo e, ocasionalmente, dizendo "Não".
Instaurar um modelo ético, utilizando o raciocínio, a capacidade crítica e a explicação das consequências que a própria conduta pode ter para os outros. Aumentar a sua capacidade de diferir as gratificações, tolerar frustrações, controlar os impulsos e relacionar-se com os outros. Também devemos fomentar a reflexão como contrapeso da acção, a busca da perspectiva correcta e o desejo de integração social.»
mais páginas do livro aqui.
Dito assim, parece tão simples, não é? Então pq é q tem q ser tão complicado?
Estaremos a querer fazer o telhado sem verificar a solidez dos alicerces? Não teremos q começar primeiro por recordar aos adultos como «viver em sociedade», como «pôr-se no lugar do outro», como apreciar a vida «sem o estímulo oco da insaciabilidade», como «tolerar frustrações» e ouvir «ocasionalmente» "não"?...
Como se ensina o q ainda não se aprendeu?
Como se mostra a uma criança como «ver, captar e sentir afecto», qdo são os próprios "crescidos" os primeiros a preencher esse vazio interior com coisas e mais coisas e marcas e símbolos e... coisas... e...?
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