as razões do brio

Não é q não haja dias bem difíceis em q me apetece mandar tudo ao ar, mandar um suspiro estridente na cara de quem está à minha frente a dizer barbaridades, insultar a dita pessoa, e soltar em sonoro "Caaaaale-se, criatura!!!". Mas não o faço e aguardo. Normalmente passa, por uma de duas razões: ou eu não compreendi o âmago da questão da criatura, ou a criatura não me compreendeu a mim.

Mas, no geral, estas pessoas não me aparecem todos os dias e, como estão identificadas, já me pré-mentalizo. Reconheço, por isso, q gosto do meu trabalho! Considero-me felizarda pq gosto do meu ofício! É meio-caminho andado para me conseguir auto-motivar todos os dias para ir trabalhar. E isso é importante nos dias q correm!

E, pelos q me parece, raro, tb!

Pq a questão é esta: tenho plena consciência todos os dias q estou a trabalhar q, se asneirar no q faço (nas tais compreensões e explicações dos âmagos), os meus erros podem ter consequências em terceiros. Com esta consciência presente, dou o meu melhor, certa, porém de q a perfeição não existe. Mas existe algo chamado brio, q sabe bem!

E mais! Acredito q não sabe bem só a quem o pratica, enquanto profissional. Sabe bem tb. a quem o recebe! Então o apreço de um cliente perante o nosso brio não sabe tão bem? Não paga renda, eu sei. Mas, caramba, por oposição, se por acaso nos chateamos valentemente com alguém num qualquer serviço de q somos clientes no nosso dia-a-dia, temos ou não o caldo entornado umas valentes horas? E pq não havemos, então de ter uma boa sopa qdo nos elogiam, nem q seja silenciosamente, o profissionalismo?

Não sei se me consegui explicar. Mas a razão para todas estas palavras é bem simples. Incomoda-me q haja tanta gente a trabalhar a contra-gosto e q se note... tanto!...