19 março 2010

o meu pai

(ilustração: Isol, Argentina)

Ensinou-me a andar de bicicleta, a usar o berbequim e a fazer bricolage, a mudar os pneus e a verificar o óleo no carro, a conduzir, vinha aconchegava-me os cobertores à noite, saltava as ondas do mar comigo pelo braço para eu não ter medo, abria a persiana devagarinho de manhã para não acordar sobressaltada, protegia-me dos bullies na escola, fazia a caderneta dos cromos comigo, lia-me as legendas do Popeye antes de eu aprender a ler, vinha comigo à natação desde a 1ª classe, jogava comigo badminton depois do colégio, fazia construções comigo na praia e jogava raquetes até eu me cansar, ia-me buscar à discoteca pra eu e as minha amigas não virmos à boleia com amigos com os copos (era embaraçoso, mas hoje agradeço), foi quem me explicou como nasciam os bebés, foi-me buscar a 2000 kms qdo a vida deu um nó sem 1 comentário amargo, conta histórias q me fazem rir qdo estou com a testa franzida e chama-me à razão carinhosamente qdo não a tenho, chispamos pq temos feitos parecidos, mas são essas faíscas q nos iluminam.

Sim, vou continuar a ser a menina mimada do papá! :o)

2 comentários:

Paulo Martins disse...

Ei! Era eu que te levava à discoteca e não vinha com os copos! Vou ter uma conversa com o teu pai!

miau com pintas disse...

isso já foi na segunda fase...
é a q era disco desta menina mimada começou muito cedo na adolescência!... ;o)