(imagem: não sei)
Antes custava taaaanto levantar de manhã!... Mais ainda no Inverno. O despertador tocava e eu carregava no snooze do rádio, aconchegava ainda mais o edredão e prometia: "só mais 5 minutos" e passados 2 segundos já dormia outra vez. Aqueles minutos entre toques passavam num instante.
Usava 2 despertadores. O rádio, para ver se ia acordando, devagar, e, antes da era do telemóvel, mais um a pilhas, analógico, com bip-bip-bip, q me garantia não falhar em caso de faltar a luz.
Por isso, chegava a pôr o despertador meia hora mais cedo, para poder estar neste ritual masoquista, 4 snoozes, às vezes 5, levantava-me a resmungar, atrasada para o mundo e começava a funcionar só passadas 2 horas deste inferno matinal diário.
Com a maternidade, veio tb. uma mola no cú. Chega a ser detestável, pq ainda o membro mais novo da casa não recuperou o fôlego do 1º queixume, já eu me levantei de um salto, contornei a esquina da cama pra não bater lá com exactamente o mesmo sítio da canela, apalpei a ver se a porta do quarto não ficou entreaberta e não me acerta na testa como uma vez aconteceu, avancei pelo corredor, empurrei a porta do quarto da criança e já estou a olhar para ela, a providenciar conforto, cobertor, nebulizador para a tosse, "já passou" para pesadelos e a voltar para a cama.
Com esta brincadeira de Inverno rigoroso de tosse e ranhoca, a mola do cú não me dá descanso, há meses q as noites são todas interrompidas. E com a serotonina não se brinca: sono desregulado, humor...(ia dizer uma asneira, mas é melhor não pq não rima)... estropiado.
Agora já não sei se é para ajudar à festa ou se já é ressaca da festa... Não é q para além de já não precisar de despertador (a mola é bem mais eficaz), acordo com as galinhas e no resto das horas q faltam até ao rádio começar a tocar, o trabalho fica a moer-me o juízo e não me consigo libertar daquilo, tal e qual um pesadelo a cores, como qdo durmo com as costas destapadas?...
Arre!! E ainda a sazonal não entrou em força... estou lixada, este ano!...